Regime de Competência versus Regime de Caixa – Gestão com foco no futuro

Regime de Competência versus Regime de Caixa – Gestão com foco no futuro

 

O mundo empresarial nos impõe os mais diversos desafios, dentre eles a competitividade (nem sempre leal) que nos impossibilita de prosseguirmos adiante com nossos planos estratégicos. No entanto, para fazer frente a esses condições, existem diversas ferramentas que nos auxiliam em todo o processo de avaliação do ambiente, assim como de tomada de decisão, uma vez que, o profissional de saúde se vê às voltas com situações totalmente ambíguas, nas quais necessitam se desenvolverem tecnicamente em suas respectivas especialidades e ao mesmo tempo assumir o papel de principal gestor de seu negócio e nem sempre a intuição ou feeling nos levam a um resultado satisfatório.

Saber gerir o seu negócio passa a ser fundamental, principalmente sob a ótica da sustentabilidade que propiciará as condições financeiras ideais para a continuidade da busca constante do aprimoramento técnico que as atividades relacionadas a saúde exigem. Assim saber desenvolver indicadores de desempenho adequados e que nos levem a conclusões com exatidão passa a ser um aliado importante, além de tornar nossa tarefa gerencial menos desgastante.

Uns dos principais pontos, para quem deseja iniciar a implantação de um sistema de gestão confiável e saber trabalhar com dois regimes financeiros de interpretação, o de competência (regime contábil) e o de caixa (fluxo de caixa), nas quais não são mutuamente excludentes, pelo contrário são complementares e objetivam minimizar os impactos econômicos e financeiros no médio e longo prazo.

Mas o que são esses regimes e quais as suas diferenças? E o principal, como eles se interagem entre si? Pois bem, o regime de competência é um método de reconhecimento de receitas e gastos nos períodos que ocorreram na forma bruta, ou seja, independente se a transação financeira foi consolidada ou não. Podemos citar como exemplo, um procedimento no valor de R$ 10.000 (dez mil reais) parcelado em 10 (dez) parcelas é lançado neste regime no valor total.

Já o regime de caixa trabalha com esse mesmo lançamento de forma parcelada, ou seja, é pulverizado em 10 (dez) parcelas futuras de R$ 1.000 (hum mil reais), obedecendo os seus respectivos vencimentos, logo entendemos que o regime de caixa significa a apropriação das receitas no período de seu efetivo recebimento, independente do momento em que foram realizadas. Logicamente essas regras valem para os gastos.

O regime de competência é retratado no DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, já o regime de caixa traduzimos em forma de fluxo de caixa, a vantagem da competência é a indicação da previsibilidade, em outras palavras, faz com que enxerguemos o futuro, enquanto o caixa trabalha com o presente. Objetivando um melhor esclarecimento tomamos como exemplo um DRE (Regime de Competência) fechado no final do mês, apurou um prejuízo de R$ 5.000 (cinco mil reais), lembrando que as receitas (orçamentos fechados) e gastos foram contabilizadas na sua geração (valor total) e seu fluxo de caixa (Regime de Caixa), onde as receitas e os gastos foram lançados parceladamente, e que no mesmo período de fechamento apontou uma sobra de caixa (saldo positivo) no valor de R$ 10.000 (dez mil reais). Confrontando as duas formas gerencias concluímos que a competência (futuro) já está alertando o caixa (presente) que a sua disponibilidade real é de R$ 5.000 (cinco mil reais), tendo em vista que seus gastos totais superaram em R$ 5.000 (cinco mil reais) a geração de receitas.

Do ponto de vista gerencial a adoção dos dois princípios de regimes tem demonstrado na prática resultados surpreendentes que facilitam o planejamento no médio e longo prazo, de forma simples e rápida, basta apenas que o profissional desenvolva uma visão do todo. Gestão, pratique esta ideia e evite a alto gestão dos seus negócios, consulte sempre um especialista.

Fernando Schiavetto – Consultor empresarial especializado na área de saúde.

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Fernando Schiavetto

About the author

Fernando Schiavetto é formado em Adm. de empresas, com especialização em Adm. Hospitalar, Didática de Ensino e MBA em Gestão Empresarial. Mais 30 anos de experiência na área de saúde como gerente, diretor e consultor, durante mais de 10 anos responsável pelo curso de Adm de consultórios do CETAO e professor universitário nas áreas de Adm, Finanças, Estratégia, custos e contabilidade.

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