Porque os empreendedores fracassam? (Parte 3)
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Porque os empreendedores fracassam? (Parte 3)

 

 

As estatísticas mostram que 90% de todos os novos negócios (inclusive na área de saúde) fecham nos primeiros cinco anos. Os motivos mais comuns são:

As habilidades de um bom empregado não são as mesmas habilidades necessárias para ser um bom empreendedor.
Muitos empreendedores têm bons produtos ou serviços mas não têm as habilidades para construir um negócio de sucesso.

Em vez de construir um negócio, muitos empreendedores trabalham arduamente na construção de um emprego para eles mesmos. Eles se tornam empregados de si mesmos ao inves de ter um negócio próprio.
A maior parte das novas empresas estão condenados desde o início porque nunca tiveram um plano de negócios eficaz.

Este artigo faz parte de uma série de 4 artigos onde estamos detalhando cada um desses motivos. Hoje vamos entender melhor o terceiro motivo: Em vez de construir um negócio, muitos empreendedores trabalham arduamente na construção de um emprego para eles mesmos. Eles se tornam empregados de si mesmos ao inves de ter um negócio próprio.

Quando se fala em montar um consultório próprio, o profissional geralmente mentaliza como será o funcionamento, a rotina diária, o que tem que ser feito para isso funcionar. Isso é muito importante, mas é apenas uma parte, é apenas um dos papeis que o profissional deve desempenhar.

Cumprir o papel de técnico é fácil. Você fez uma faculdade, provavelmente fez cursos de aperfeiçoamento e especializações, e mantêm-se atualizado através de publicações e congressos. Com isso você será capaz de atender seus clientes, como faria se fosse empregado em uma clínica.

O dia-a-dia do consultório, controlar a agenda, comprar materiais de consumo, controlar custos, etc., fazem parte do papel de gerente. A maioria dos profissionais consegue cumprir satisfatoriamente esse papel. O problema é que o “gerente” atua apenas no presente, ele não prevê o futuro. Você vai trabalhar para sempre? Por quanto tempo você consegue manter o ritmo?

Uma outra característica do “gerente” é que ele busca manter uma rotina, e fazer com que essa rotina seja cada vez mais eficiente, o que é alcançado formando hábitos ao longo do tempo. O lado negativo disso é que isso põe uma viseira psicológica no profissional, como daquelas que os burros de carga usam para só olharem para frente. Muitas vezes fazemos as coisas de uma certa forma porque foi assim que aprendemos, ou porque já estamos acostumados, mas nem sempre é a forma mais adequada. É necessário estarmos sempre questionando nossa rotina.

Questionar e duvidar continuamente, seja a rotina, o futuro ou o negócio como um todo, é a função do empreendedor. O empreendedor busca fazer as coisas da melhor forma, o que pode significar alguns ajustes ou até mudanças radicais. O empreendedor deve ter uma visão de futuro, buscar o crescimento do negócio.

Uma empresa não pode parar quando o chefe não está. Se quando você não está no consultório nada é feito, então você não tem um negócio, tem um emprego, mesmo que trabalhe para você mesmo, pois você é o consultório. O empreendedor deve saber delegar poderes. Essa é uma habilidade que pode ajudar o empreendedor a focar no que realmente é importante, ao transferir tarefas menos importantes, como atender o telefone, fazer pesquisas de preço, fazer compras e outras atividades rotineiras, para os membros de sua equipe.

O empreendedor deve ter (ou criar se for preciso) o tempo necessário para refletir sobre o seu negócio. Somente analisando seus resultados, financeiros e/ou técnicos, é que poderá tomar boas decisões para fazer seu negócio crescer.

Caso não esteja conseguindo atuar como empreendedor, há apenas duas saídas para essa situação. Ou você se conscientiza que é um empregado e utiliza seu salário (pró-labore) de forma adequada para garantir seu futuro financeiro (com fundos de aposentadoria ou outros fundos de investimentos), ou você se assume como empreendedor e trabalha para ser dispensável dentro da empresa.

Isso mesmo, dispensável. Empresas bem estruturadas e preparadas geralmente trabalham melhor quando o chefe não está lá para atrapalhar. Se você não precisa estar na empresa, você pode se dedicar a outras atividades e receber o retorno sobre seu investimento na empresa ao final do mês. Esse deve ser o objetivo do empreendedor inteligente.

 

Dr. Lacy Lima Amorim é autor dos livros “O Preço Certo – Orientações para formação de preços na área de saúde” e “Ponha um Escorpião no Bolso – Orientações sobre orçamento pessoal e familiar”. www.direcionarconsultoria.com.brcontato@direcionarconsultoria.com.br

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Dr. Lacy Lima Amorim é autor dos livros “O Preço Certo – Orientações para formação de preços na área de saúde” e “Ponha um Escorpião no Bolso – Orientações sobre orçamento pessoal e familiar”. www.direcionarconsultoria.com.br; contato@direcionarconsultoria.com.br

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